Quando o mês de maio se aproxima é inevitável remetermos os nossos pensamentos para uma comemoração ímpar, comemoramos o dia das mães enaltecendo a figura daquelas mulheres que literalmente dão o sangue pelos seus filhos. O nascer de um filho exige renúncia de si mesma, entrega dedicação, muitas vezes essa mulher precisa se redescobrir em um papel que somente será experimentado com a vivência do dia-a-dia.
Ao nos reunirmos como comunidade de fé e amor, somos convidados a voltar nosso olhar para o Coração Doloroso e Imaculado de Maria. Mãe das Dores, Maria viveu em profundidade os mistérios do sofrimento, não como quem se desespera, mas como quem confia plenamente nos desígnios de Deus. Sua dor é semente de vida e seu silêncio diante da cruz é lição de fortaleza para todos nós.
A Santíssima Virgem nos ensina a mansidão, obediência e confiança em Deus, desde a sua entrega ante a anunciação do anjo Gabriel, até a morte de Jesus, passando pelo flagelo e pelas humilhações que os nossos pecados lhe causaram.
Ao trazermos a luz desta meditação as Sete Dores de Maria, somos chamados a unir as nossas dores às dela, encontrando consolo e força para enfrentar os desafios do dia a dia familiar. Em cada dor, Maria nos ensina algo: a acolher com fé as provações, a fugir com coragem diante do perigo, a confiar mesmo quando não compreendemos, a permanecer firmes diante da dor do outro, a acompanhar nossos filhos mesmo nas horas mais difíceis, a receber os golpes da vida com mansidão, e, por fim, a entregar tudo a Deus com esperança.
As Sete Dores de Nossa Senhora nos mostram que a dor faz parte da história da salvação, e que, com Maria, podemos atravessar o sofrimento sem perder a fé:
- A profecia de Simeão: dor da previsão do sofrimento do Filho.
- A fuga para o Egito: dor da insegurança, do exílio, da proteção da vida.
- A perda do Menino Jesus no templo: dor da ausência e da incerteza.
- O encontro com Jesus no caminho do Calvário: dor da impotência diante do sofrimento do Filho.
- A crucifixão e morte de Jesus: dor da separação e da perda.
- A descida do corpo de Jesus da cruz: dor de acolher o corpo sem vida de quem se ama.
- O sepultamento de Jesus: dor da despedida e do silêncio do luto.
Como famílias cristãs, somos chamados a viver cada etapa da vida com Maria, confiando que, mesmo na dor, Deus está conosco. Cada lar tem suas cruzes: dificuldades no matrimônio, desafios com os filhos, doenças, perdas e conflitos. Que possamos, como Maria, guardar tudo no coração e transformar a dor em oração.
Que esta meditação das Dores de Nossa Senhora nos una mais como famílias de fé, capazes de carregar a cruz uns dos outros, de consolar e de rezar juntos. Maria, Mãe das Dores, caminha conosco e nos sustenta com sua presença maternal.
Perguntas:
- De que forma as dores de Maria se refletem nas dores vividas em nossa família hoje?
- Como podemos, como Maria, transformar o sofrimento em uma oportunidade de fé, oração e confiança em Deus?
- Em quais momentos da minha vida senti a presença de Maria, Mãe das Dores, me sustentando com sua ternura e intercessão?
- O que podemos aprender com a atitude silenciosa e confiante de Maria diante da cruz, e como aplicar isso em nossos relacionamentos familiares?
Texto escrito e adaptado pela Equipe de Formação.
Canto Inicial:
Nossa Esperança / Nunca Disse Não – Gerados pela Imaculada
youtube.com/watch?v=zHPJXtXk-tI
Palavra de Deus: Lc 1:46-55
Canto Final:
CASA DE MARIA – COLO DE DEUS
youtube.com/watch?v=IywRI87IAZM