Quando paramos para refletir sobre os ensinamentos de Nosso Senhor Jesus Cristo, dentre todas as virtudes ensinadas por Ele e rogadas para que nós coloquemos em prática, destaca-se a fraternidade para com os nossos irmãos.
O evangelho traz em sua essência a importância de se doar ao próximo e o amar como a ti mesmo, e, é neste sentido que trazemos à luz deste tema a necessidade de exercitar a fraternidade, seja através de bens materiais ou de riquezas impalpáveis, como por exemplo o nosso tempo e as nossas orações em favor do outro.
Neste sentido, Nosso Santo Padre Francisco, lindamente inspirado na vida e santidade de São Francisco de Assis, ao escrever a carta encíclica “Fratelli Tutti”, externa sua preocupação com a falta de empatia para com os nossos irmãos, principalmente os menos afortunados ou em situação de vulnerabilidade. Utilizando-se das palavras do próprio Pontífice, o modelo de cultura único proposto nos dias de hoje “unifica o mundo, mas divide as pessoas e as nações, porque a sociedade cada vez mais globalizada torna-nos vizinhos, mas não nos faz irmãos.
Recentemente pudemos vivenciar algo extraordinário e tão próximo a nós. Diante das enchentes que assolaram as cidades do Rio Grande do Sul, o Brasil se uniu de forma graciosa, seja pelas orações, doações de alimentos e vestimentas ou pelo tempo destinado ao voluntariado nos regastes e centros de arrecadações espalhados pelo país.
Onde o inimigo colocou sua mão penalizando a população, Deus vem ao encontro deste mesmo povo, por meio de sua infinita misericórdia e bondade, levantando uma nação em prol de seus filhos, filhos da mesma terra.
Ainda é necessário fazermos uma breve reflexão sobre a virtude de doar-se, uma vez que o dar está intimamente ligado ao ter. Tal reflexão não se limita apenas aos bens materiais, eis que aqui está presente também nosso tempo. Agora, devemos trazer a intensidade da fraternidade e comoção social que grandiosamente foi evidenciada pelo país em favor do povo gaúcho para o nosso dia a dia. Muitas vezes deixamos de praticar o “doar-se” para aqueles que estão próximos de nós. Quantas vezes passamos por desconhecidos e nem um bom dia falamos? Ou então, culpamos a correria do mundo atual para justificarmos sequer saber o nome do nosso vizinho. Sem falar ainda, quando julgamos aquela pessoa em situação de rua para amparar a nossa recusa em lhe dar uma esmola.
Destaca-se novamente que não estamos limitando nossa reflexão aos bens materiais, mas sim abrangendo tudo que nos foi e nos é dado por nosso Senhor, muitas vezes sem sermos dignos de tantas graças recebidas. Já paramos para pensar que constantemente Deus nos ama infinitamente ao ponto de nos conceder graças e milagres e, muitas vezes nos fechamos em nossa pequenez e nos recusamos a passar adiante aquilo que nos foi dado?
Ademais, é importante destacar que a fraternidade deve estar presente em nós de forma natural, enraizada e sem vaidade, considerando que somos ou deveríamos ser imitação de Cristo aqui nesta terra. Ao fazermos isto, não estamos ajudando ou sendo gentis para com o próximo, e sim com o próprio Jesus, que se faz pequeno no irmão para trabalhar nossa capacidade de caridade e bondade.
Agora, diante de tudo que debatemos, façamos algumas reflexões:
- Estou imitando o mistério de Jesus Cristo amando o próximo nas pequenas atitudes diárias?
- Consigo observar ao meu redor as necessidades dos mais próximos, inclusive dedicando uma parcela de tempo em prol dos meus irmãos?
- Fazendo um paralelo com a dinâmica proposta, ao caminhar com o calçado diferente daquele que estou acostumado, consegui sentir o que o próximo sente?
Texto escrito e adaptado pela Equipe de Formação.
Canto Inicial: MINHA HERANÇA – Comunidade Gerados pela Imaculada
https://www.youtube.com/watch?v=Nlj903oIzcU
Oração Inicial: Folha anexa
Dinâmica: Folha anexa.
Palavra de Deus: Mt 25, 34 – 40
Canto Final: TERRA SECA | FRATERNIDADE SÃO JOÃO PAULO II
https://www.youtube.com/watch?v=7AU4KXimRbY