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SÃO PADRE PIO: GRANDE SANTO DA IGREJA CATÓLICA

É com grande alegria que compartilho a história desta alma extraordinária que deixou uma marca indelével no mundo com seus testemunhos de entrega e sacrifício a Jesus Cristo. São Padre Pio, batizado com o nome de Francesco Forgione, nasceu em 25 de maio de 1887 no pequeno vilarejo de Pietrelcina, na Província de Benevento, Itália. Foi ordenado sacerdote aos 23 anos, em 1910. No entanto, sua devoção e intimidade espiritual com Jesus, a Virgem Maria e seu Anjo da Guarda começaram aos cinco anos, quando ele os via e conversava com eles.

Aos 15 anos, pouco antes de ingressar na Ordem dos Capuchinhos, Jesus revelou a Padre Pio, por meio de visões, que sua missão seria travar uma batalha contínua contra o inimigo durante toda a sua vida. No entanto, venceria, pois Jesus estaria ao seu lado. Embora possa passar despercebido para nós e até para os próprios sacerdotes, ao assumir tal vocação, eles declaram uma verdadeira guerra contra o demônio e todas as potestades inimigas. Contudo, como evidenciado na vida de São Padre Pio, Jesus apoia cada um para garantir a vitória.

Devido à sua saúde debilitada, a ordenação de Padre Pio foi antecipada, recebendo o hábito franciscano, sob o nome de Frei Pio e logo foi enviado para exercer seu ministério próximo à família devido ter pouca estimativa de vida. Havia muitos propósitos de Deus em sua vida que adiaram a hora de sua morte, contrariando diagnósticos médicos, a começar logo após a sua ordenação onde recebe os estigmas pela primeira vez em 1910, mas eles desapareceram logo, ficando as dores excruciantes nos locais. Ressurgiram em 1918 e permanecendo até sua morte, em 1968. Durante uma visão súbita de Jesus e Maria em sua propriedade familiar, Padre Pio experimentou um calor intenso em suas mãos e recebeu duas marcas avermelhadas, do tamanho de uma moeda, acompanhadas de imensa dor e a sensação do jorrar de sangue do seu corpo e sua alma. Estas se intensificavam todas as quintas-feiras, com um ápice na sexta-feira, em memória da Paixão de Nosso Senhor. Ele tentou escondê-las com um sentimento de vergonha e humildade, usando luvas para cobri-las. Análises das chagas confirmaram sua natureza sobrenatural, mas dentro do Clero, Padre Pio enfrentou acusações de charlatanismo e restrições, limitando-o a rezar missas privadas e a ouvir confissões de forma seletiva, em determinados períodos de sua vida.

Quando esteve em sua plena atividade, Padre Pio tinha uma rotina rigorosa de confissões, missas piedosas e grande devoção à Nossa Senhora — com relatos indicando que ele rezava até 20 terços em um único dia —, muitos milagres e prodígios ocorreram por sua intercessão. Entre os dons recebidos por Padre Pio estão a bilocação (estar em mais de um lugar ao mesmo tempo), a clarividência (conhecimento de fatos sem comunicação prévia) e os estigmas, das quais emanava um perfume que, segundo relatos, curou várias pessoas.

Um dos principais legados de Padre Pio foi a fundação da Casa Alívio do Sofrimento, o maior hospital para feridos da Itália na sua época, e seus grupos de oração espalhados por diversos países. Apesar das muitas perseguições dentro da Igreja, das dores constantes de suas chagas e das noites em que sofreu ataques do demônio, como relatado em suas cartas e comprovado por outros frades, Padre Pio continuou sua missão com fidelidade.

Em uma de suas experiências notáveis, uma mulher procurou o sacramento da reconciliação com Padre Pio e teve uma visão em que ele viu uma multidão aplaudindo um homem, que era um Papa. O Santo revelou à mulher que este homem era o filho que ela havia abortado muitos anos atrás, um fato particularmente significativo considerando a atual perseguição contra a vida dos bebês nos ventres maternos.

O processo de beatificação de Padre Pio foi iniciado logo após sua morte, e a prática de todas as virtudes em grau heroico foi amplamente comprovada. Entre os inúmeros milagres atribuídos ao Santo após sua morte, foi escolhido o de uma senhora de Salerno, Itália. No dia 2 de maio de 1999, o Papa João Paulo II o declarou beato. Foi João Paulo II, o mesmo Papa que o canonizou, que, ainda como jovem sacerdote, em 1948, previu que ele se tornaria Papa e experimentaria violência e sangue. Esse fato só se tornou conhecido após a eleição de João Paulo II.

Para a canonização de um beato, é necessário um novo milagre cientificamente comprovado. Foi escolhida a cura inexplicável de uma criança gravemente enferma, Mateo Colella, da própria cidade de San Giovanni. Em 2002, Padre Pio foi solenemente canonizado por João Paulo II, na Praça de São Pedro, diante de uma imensa multidão. Sua festa litúrgica foi estabelecida para 23 de setembro.

Em março de 2008, sua sepultura foi aberta para exumação e reconhecimento diante de autoridades e especialistas forenses. Parte do corpo de Padre Pio manteve-se incorrupta, especialmente nos locais das chagas, onde não foram encontradas cicatrizes. Seus restos mortais foram então transferidos para a Igreja de San Giovanni Rotondo, onde os fiéis podem venerá-lo.

São Padre Pio, que partiu para a vida eterna em 1968, aos 81 anos, no dia 23 de setembro, deixando um legado imenso. Sua vida de entrega e sofrimento por amor às almas e a Jesus Cristo inspira os sacerdotes atuais a viverem como sacerdotes e vítimas, por meio de celebrações eucarísticas rezadas com piedade e humildade, confissões transformadoras e oração incessante pelas almas que padecem neste mundo.

São Padre Pio, rogai por nós!

Texto: Jonathas Caetano de Lima – Grupo Aliança de Amor – Dr. Camargo